A Turquia não é apenas um país.
Não se traduz apenas em cenários alucinantes, de mercados coloridos e bazares brilhantes. Não e apenas caminhar sobre pedras fálicas, de fadas ou lunares. Não é, tampouco, nadar em lagos cor-de-rosa e ter o corpo depurado pelo sol. Não se resume em por os pés em nuvens de algodão depois de beber leite e comer queijo das cabras. Não é, somente, reverenciar um Deus criterioso ou jejuar por trinta dias sem deixar de sorrir. Ter uma bandeira para amar, heróis para admirar e lendas para relembrar. A Turquia é o povo, não os presidentes. É a mais bela paleta de cores, das louras luzes dos trigais, do mel, do brilho melado das tâmaras e das alvas papoulas ao vento. A Turquia dos dois continentes, do Mar Egeu e do Mar de Mármara. É o país das figueiras, estéreis e férteis, o nirvana das habilidosas abelhas. Onde gordas olivas salpicam o chão de óleo. É onde o barro, a seda e a lã constroem lendas e se desdobram em arte. Ali repousa a mais célebre biblioteca em que habitam sábios fantasmas e pergaminhos de mármore. Onde tapetes voam e os ventos golpeiam em golfadas esporádicas e assustadoras de calor e areia. Esse lugar é um estado de espírito. Na Turquia minha alma “se vestiu com as roupas e as armas de Jorge. Jorge é da Capadócia”. Jamais vou esquecer das gentes, das montanhas, das aldeias, dos camelos, das fadas, dos minaretes, dos sultões, das estrelas, dos balões, das piscinas de Cleópatras, das estradas, das histórias e das estórias e, principalmente, dos amigos que conheci na Turquia. A Turquia deu sentido à história que eu pensava conhecer. Não deixe de conhecer, ela pode mudar sua história.
“As flautas representam o choro da alma.” (pelos Deviches rodopiantes)
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